Segundo o ginecologista e obstetra Alexandre Pupo, dos Hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, em São Paulo, é raro, mas pode, sim, acontecer. "A taxa de falha é de 0,3% a 0,5%, principalmente no primeiro ano após a laqueadura. Isso significa que uma em cada 200 mulheres submetidas ao procedimento pode engravidar", afirmou. "Trata-se de um procedimento cirúrgico. Nele, nós seccionamos e 'amarramos' as trompas, ou seja, realizamos uma ligadura. O processo de cicatrização leva cerca de 21 dias e, a partir daí, a passagem para os óvulos e espermatozóides fica bloqueada. No entanto, existe a possibilidade de, no processo de cicatrização, eventualmente, ocorrer a recanalização. Isto é, a trompa pode recanalizar, pode reabrir o caminho, por diversas razões", completa. Portanto, segundo o obstetra, caso a mulher engravide, não deve ser considerado um erro ou negligência do cirurgião.
Por outro lado, o obstetra explica que para quem já fez a laqueadura há alguns anos, as chances de engravidar são menores. "A cada ano que passa, é menos provavel que haja falha", afirma. "Mas é claro, é um método que pode falhar, como qualquer outro. Nenhum método de anticoncecpção é 100% eficaz. Inclusive, recentemente foi divulgado um dado mundial referente a falhas de métodos anticoncepcionais, e o mais seguro — mais do que a laqueadura — é o DIU hormonal", finalizou.
Leia o texto na íntegra no link: https://revistacrescer.globo.com/Gravidez/noticia/2019/11/fiz-laqueadura-no-parto-e-oito-meses-depois-engravidei-de-novo-revela-mae-de-tres.html
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